Cena final
Estava em uma conversa virtual quando montei, sem querer e sem pensar, um pequeno trecho de uma peca. Seriam os momentos finais do enredo. Irei descrever: O herói (Bastien), caído no chao, agoniza com uma adaga cravada em sua barriga. Sua amada (Anne) o consola, e ele, em meio ao delírio chama sua amada de Horácio (nome de seu inimigo) Mas o que ele vê ali em frente, é sua mulher, chorando, a autora da punhalada. Ele está morrendo por ela, e sua fala final é:
Bastien: Ora, meu caro Horácio, nao creias em tudo o que é dito.. as palavras enganam os outros, mas os olhos desmentem as palavras. E teus olhos, meu caro horácio, azuis como o céu e verdes como o mar, mostram o que tua alma grita. E esse grito, Horácio, é vermelho como sangue, negro como a morte, e belo como a vida.
Anne: Nunca se sabe...
Bastien: Sim, Horácio, sim.. Nao tente enganar a si mesmo, Horácio, nao Horácio... teus olhos te enganam.. Nao existe humano qualquer que seja capaz de controlar as palavras da alma... por que a alma, confinada nesta prisao de carne , nao pode sair, nao pode voar.. mas pode gritar, sim Horácio, pode.. e a boca de tua alma sao teus olhos... esses olhos... azuis e verdes... teus olhos... (pausa) Agora me deixe morrer em paz.. me deixe voar, libertar-me. Pois eu vi teus olhos, eu escutei sua alma... e já nao me resta o que dizer. Adeus horácio, adeus.
(fecha-se as cortinas ao som da orquestra)
FIM
P.S: Agradeco à Carol pela participacao especial com a fala da Anne.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Voltar