Porque, desaforo NAO!

Atendente: Biblioteca Nacional, bom dia.
Eu: Estou com uma dúvida no preenchimento do formulário de registro de obra, com quem eu falo?
Atendente: Com ninguém. Elesh “tão” de greve
Eu: Como assim de greve?
Atendente: Greve. Não eshtão trabalhando.
Eu: Ah, sim. Agora você disse a palavra certa.
Atendente: Como?
Eu: Não estão trabalhando. Vagabundos, isso sim.
Atendente: Elesh “tão” lutando pelosh direitosh deles.
Eu: E eu estou lutando pelo meu direito de registrar meu livro. Mas por causa de um bando de vagabundos isso vai ser impossível, não é?
Atendente: Vai sim.
Eu: E então? Poderia me explicar o que você quer dizer com “direitos”?
Atendente: Elesh querem ter um plano de carreira.
Eu: Ah é? E já que sabiam que não tinha plano de carreira, pra que prestaram concurso?
Atendente: Olha, senhor, isso não me diz reshpeito. Volte a ligar em deish diash.
Eu: DEEEZZZZZ????????
Atendente: Não tenho previsão de quando a greve acaba.
Eu: Você não está nem um pouco interessada se vou desligar o telefone satisfeito ou não, não é?
Atendente: O senho pode deshligar o telefone da maneira que quiser.
Eu: Me diz: Você volta de ônibus pra casa?
Atendente: Volto sim, porque?
Eu: Porque eu desejo do fundo do meu coração que os motoristas de ônibus entrem em greve e você, junto com esse bando de vagabundos voltem a pé pra casa!!

(Desligo o telefone. Satisfeito.)