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Pode parecer até um paradoxo, mas a coisa é assim mesmo. Embora muitos clamem pelo surgimento de novos nomes, principalmente quando o assunto é teledramaturgia, existe uma aversão danada para qualquer novidade na área. O novo, sempre tem um pré-julgamento, até mesmo antes que sua obra seja apresentada. E é invariavelmente recebida com um pé atrás.

 

Antes mesmo que sejam apontados os pontos positivos que o novo se propõe a apresentar na sua obra, os pontos negativos do que ele está fazendo é sempre carregado de tinta. Qualquer deslize, por menor que ele seja, ele é impiedosamente atacado, ás vezes de tal forma, que o novo jamais conseguirá uma outra chance.

 

É certo que não é por ser novo que trabalhos sejam feitos sem qualidade, mas algumas deficiências são inerentes à condição de novo, e só com muita experiência e exercitando seguidamente o seu talento, é que o novato reunirá condições de consolidar o seu nome. Quem quer apostar no novo, tem que ter a consciência das imperfeições iniciais, pois, até mesmo os mais experientes, volta e meia, escorregam em seus trabalhos.

 

Quando se trata de teledramaturgia, e não me restrinjo só às novelas, também incluo, séries, minisséries, seriados, e qualquer outro trabalho de dramaturgia na TV, o funil é por demais estreito e esta aversão ao novo, só contribui ainda mais para as dificuldades de uma renovação. Sempre que há tentativas de incluir um novo roteirista à frente de alguma produção, a batalha é árdua.

 

Ás vezes, esta aversão ao novo, parte até mesmo de roteiristas iniciantes que no afã de alcançarem as suas oportunidades, saem logo apontando erros, defeitos e deslizes, no trabalho daqueles novatos que conseguiram a tão sonhada chance para mostrarem o seu trabalho, e o fazem sem pensar, pois, com certeza, iniciantes que são, certamente também cometeriam os mesmos erros, defeitos e deslizes.

 

Por outro lado, a crítica especializada, reforça ainda mais essa aversão, fazendo cobranças infindáveis nos trabalhos dos novatos, contribuindo para que o público, de uma forma geral, rechace qualquer tentativa de novidade na TV. E ás vezes, por mais talento, criatividade e habilidade que o novato tenha para contornar a situação, ela se torna insustentável e a conseqüente queda de audiência detona o trabalho que tinha tudo para ser um sucesso.

 

É ou não é um paradoxo? Ao mesmo tempo que se cobra a inclusão de novos no mercado da teledramaturgia, do outro lado, a aversão ao novo é cada vez mais contundente e desencoraja quaisquer emissoras de TV, que na dúvida, preferem apostar um pouco mais na experiência. E o novo? Bom... o novo tem de continuar apostando no seu talento, esperar e se preparar cada vez mais para enfrentar a temida aversão ao novo.