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Quanto mais a gente aprende, mais temos a certeza de que ainda há muito para se aprender. E como é bom quando a gente tem a noção exata de quanto ainda temos que aprender. Por mais bagagem que se tenha adquirido durante a nossa vida, aprender é um exercício diário e para mim que escrevo o aprender é sempre estimulante e, acima de tudo, de fundamental importância para o desenvolvimento de minha atividade.

Poder mergulhar de cabeça em algo que me dará mais conhecimento e mais habilidade, só vem a contribuir para a melhoria do meu trabalho. E se escrever é um exercício diário, e de fato o é, sempre que sou pego de sobressalto por algo pelo qual tinha certeza que dominava, mas que na verdade não dominava quanto deveria dominar, tenho a exata dimensão que além de exercitar minha escrita, preciso praticar a humildade de reconhecer que aprender é um exercicio contínuo.

A certeza da necessidade de que ainda há algo para aprender serve como um freio para a prepotência e para arrogância que nos toma de surpresa quando na nossa soberba, achamos que sabemos muito mais do que na verdade sabemos. E é isso que nos obrigamos a prosseguir na caminhada do aprender, pois se a escrita é nosso ofício, aprender é a nossa lição. E quem achar que não, deve colocar as barbas de molho.

Não é porque se atingiu um patamar de respeitabilidade que se deve abrir mão do aprendizado, muito pelo contrário, pois quando se torna uma referência, ou se tem o trabalho consagrado, premiado e elogiado, a cobrança por resultados e a exigência pela excelência se torna proporcional e a falta de conhecimento ou de habilidade necessária é capaz de colocar todo prestígio a perder. Portanto, quanto mais bem sucedido, maior a necessidade de se aprender.

Não devemos nos envergonhar de estar sempre aprendendo, pois a humildade de reconhecer nossa imensa ignorância nos faz sábio o suficiente para saber que para escrever, precisamos saber e para saber, precisamos aprender e para aprender, precisamos aceitar que não sabemos nada. Aqueles que desfilam a soberba e se acham tão bons a ponto de não precisarem aprender, uma hora ou outra, vão saber que sabem muito menos que achavam que sabiam.

Escrever é um exercício diário e aprender um exercício contínuo, só assim, admitindo a necessidade de que um complementa o outro, podemos nos qualificar e fazer do nosso trabalho algo que justifique que alguém nos prestigie. Negligenciar o aprendizado por se achar suficiente capaz naquilo que faz é correr o risco de saber que não se é aquilo que sempre se achou que era. Nunca é suficiente o que se aprende e sempre será muito pouco.