Escrever é a minha viagem

Quando paro diante da tela em branco do meu computador, pronto para começar mais uma história, tenho a certeza, mesmo que ainda não saiba e nem tenha a mínima idéia sobre o quê eu vou escrever, que vou entrar numa grande viagem, pois toda vez que inicio uma nova história, viajo como nunca. Escrever é definitivamente o meu barato.

 

Escrevo porque quero, porque gosto e porque me faz muito bem. Sempre foi assim. Escrever histórias me faz ver coisas que no dia-a-dia passam meio que batido pela minha vida. Adoro poder inventar situações, criar conflitos, atar e desatar nós, experimentar minhas experiências em cada um dos personagens que me visitam a cada história.

 

O que me basta é poder escrever a minha história e neste momento, pouco me importa, aliás, na verdade, nem me interessa, se vou receber críticas, se vão gostar, até se um dia alguém vai se dispor a ler minha história. A viagem de escrever a história é maior. Poder viajar nas dores e nas delícias de cada ser e brincar com a sorte de cada um é uma sensação inexplicável, só quem viaja pelas palavras pode compreender.

 

Ás vezes, tenho a sensação que a viagem é tão intensa e que a história flui de uma tal maneira que parece ser soprada. Tudo vai saindo, sem sinopse, sem argumento, sem escaleta e sem qualquer outra ferramenta teórica que ensina a melhor maneira de escrever uma narrativa. A idéia vem e a viagem é tanta, que só paro no ponto final. Aí sim, vou lê-la.

 

Não saber aonde a história vai me levar é a grande adrenalina que alimenta a minha viagem. Ter a folha em branco e uma idéia na cabeça me estimula a colocar no papel tudo que de uma forma ou de outra chegou a mim. Tudo dá uma história e viajar por cada uma delas é a melhor recompensa que alguém que se dedica a escrever, pode receber. Elogios são bons, mas na maioria das vezes todos tem uma segunda intenção.

 

Viajar na história que escrevo, me regenera, pois, como todo mundo, não é fácil agüentar os problemas da vida moderna e quando fico cansado de nadar contra a correnteza das dificuldades da vida é chegada a hora de criar asas e voar na minha imaginação, sentar em frente ao computador, olhar firme para aquela tela em branco e começar a minha viagem.

 

Bom, preciso parar por aqui, pois o dia não foi nada fácil, os braços já estão cansados de tanto nadar contra a corrente e é chegada a hora de criar asas e alçar novo vôo para mais uma viagem inesquecível. Se um dia alguém vai ler o que o vou escrever, não sei. Quem sabe? Mas qualquer hora dessas, eu conto como foi mais essa viagem.