A idéia da arte de hoje

Um cocô sobre um pires, dentro de uma uma redoma de vidro está exposto em uma galeria americana. Lá na europa, um médico, bem ao estilo de cientista maluco, expõe cadáveres fatiados e plastificados como se fossem estátuas ultra-pós-modernas. Num espetáculo brasileiro, um ator se masturba até atingir o orgasmo, sem nem ao menos justificar o porquê daquilo.

É hora de começarmos a rever o que é arte. Quem foi que disse que qualquer produto de qualquer forma de expressão é arte?

Não creio que, hoje em dia, alguém possa conceituar a arte. O que é? Para que serve? Até onde a beleza ou a transmissão de um sentimento que toca o observador são fatores essenciais a arte?

Em opinião própria, eu chamaria toda essa baboseira moderna de nojenta. Mas posso estar, assim, criticando a forma de expressar e não arte em si.
Tudo tem um sentido. Sim. Posso cuspir no chão, urinar em volta e depois colocar uma plaquinha explicando o significado daquela minha obra de arte. Significado esse que qualquer um pode inventar na hora. A partir daí, quem vai dizer que aquilo não é arte?

O que um cocô num pires, protegido e selado em uma redoma de vidro, quer nos passar? O que o “artista” quis expressar com aquilo? Bem, eu digo: Ele mostra o que é a arte hoje. É a celebração e adoração da merda. Está claro. É óbvio. Um cocô em um vidro, exposto com o mesmo destaque de um Picasso ou um Renoir.

Estamos exaltando e vangloriando a merda. É isso que o cocô quis no passar. Afinal, quem pode dizer o que é arte para me contradizer?