Aos olhos do público ou do crítico?

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Sempre que se pensa em colocar um espetáculo nas ruas, muitos fatores são e devem ser analisados. Mas, o que mais interessa é ter a consciência de estar fazendo um trabalho com a mais pura honestidade. Desde a escolha do texto, passando pelo elenco até chegar à direção do espetáculo. E o que se quer afinal? Ora, se quer os aplausos do público!

E é isso mesmo que interessa. Qualquer outra resposta é puro discurso politicamente correto para fugir de eventuais insucessos. Agradar o público é o principal objetivo de quem monta um espetáculo, e não adianta dizer que não. E a palavra da crítica, como fica nessa história? Se vier para ajudar, muito que bem! Mas se tiver apenas o caráter pichador, deixe-a, não lhe acrescentará nada.

Dizer que um espetáculo é bom porque foi aprovado pela crítica é conversa fiada, pois desde quando a opinião e o gosto do crítico traduzem a opinião e o gosto do público? Quantos espetáculos são aclamados pelo público e desprezados pela critica? Se o crítico não entendeu, paciência. O que interessa e sempre vai interessar, é a opinião do público.

Ter a certeza que se fez o melhor que se foi possível (sim, pois ás vezes não se tem recursos para se fazer o mínimo). é o que basta. E tê-lo feito para o público e não para crítica (pois, existem muitas coisas feitas exclusivamente para agradar a crítica) já é o suficiente para justificar a sua produção.

Vise sempre dirigir um espetáculo para conquistar o público. Escreva sempre para conquistar o ator, atue sempre para conquistar a platéia. Esqueça a crítica, pois na maioria das vezes, aos olhos da crítica, nada presta. O “gostar” é uma coisa muito subjetiva na vida das pessoas e não se agrada à todos, não tem jeito.

Se por acaso, algum dia, a crítica lhe “tascar” a lenha, não lhe dê muito importância, continue firme no seu propósito de levar a sua arte da maneira que você ache a mais honesta possível, pois, a crítica... bem... essa, volta e meia também muda de opinião. É só o público aclamar o espetáculo como divino, para o que antes era besta, passar a ser bestial.

Aos olhos do público, não interessa o que vê os olhos da crítica, pois o público é inteligente, sabe discernir o bom do ruim. E é assim que deve e tem de ser, fazer arte para o público, se a crítica gostar, muito que bem, mas se não gostar, paciência!...