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Ferdinando Fraccadore Vetorazzi nasceu em Crotone, um pequeno vilarejo nas montanhas situado na região da Calábria no sul da Itália. Foi criado sob a doutrina católica, teve uma infância difícil ao lado do pai Giuseppe que o educou com austeridade e da mãe Francesca, mulher beata, submissa e superlativa que passou parte de sua vida correndo atrás do
marido, este sempre envolvido com mulheres do povoado. Entre elas, Amparo mulher bela e fogosa que não pensava duas vezes
Abandonado por seu pai, que viajara para o Brasil com a desculpa esfarrapada de ir apenas à procura de trabalho, Ferdinando ainda jovem passou a ser arrimo de família já que sua mãe abatida com o abandono passava o resto de seus dias largados sobre a cama. Aos vinte anos, Ferdinando se envolveu com Amparo. Por uma noite ela foi mais que uma amiga. Mas uma tragédia abateu-se em sua casa. Sua mãe falecera de uma maneira brutal enquanto ele se deliciava nos braços da rival. Ferdinando se culpara pela morte da mãe e colocara em xeque a existência de Deus. Sozinho e sem perspectiva de vida, Ferdinando decidiu viajar para o Brasil a procura do pai e de respostas que tanto o afligia.
A rigidez a inflexibilidade e as imposições constantes de regras impunham limites em suas ações e seus pensamentos. Ele passou a acreditar que o lhe era imposto era o certo. O excesso de rigidez e a devoção fervorosa ao catolicismo fizeram com que ele criasse um padrão mental de comportamento implacável, provocando assim um sentimento de autopunição que só trazia sofrimento aos outros e a si próprio. Porém ele não era um homem mau. Apenas não sabia lidar com pessoas, muito menos com a vida. Ele era capaz de amar intensamente e odiar na mesma proporção. Inteligente, corajoso e de espírito empreendedor tornou-se um empresário de sucesso internacional, mas a culpa, a saudade da mãe, a falta de amor do pai e o ciúme doentio que nutria pela esposa não permitiam que ele encontrasse felicidade em lugar algum. Até que um fato inusitado lhe trouxesse de novo a razão.
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