Lá se vão dez anos do primeiro BBB e com o passar de todos esses anos, a praga dos “realitys shows” só fez crescer na televisão brasileira. Cada dia que passa o monstro está maior e cada vez mais voraz e sedento e, se multiplicado aos milhões, atrás de seus quinze minutos de fama. A televisão não pode ter se rendido por completo a esse tipo de entretenimento.
Não é uma questão de saudosismo por esse ou por aquele programa, é pela televisão como um todo. Aquela caixa mágica que era a sensação das casas, não é mais o veículo de comunicação de outrora que informava e divertia, só tem câmeras para as bisbilhotices. Só se interessa com o que se passa com a vida alheia, e quanto pior, melhor.
E, atrás deste modelo de televisão, mais e mais pessoas, buscam de uma forma desenfreada, fazer algo de estranho, bizarro, indecente e até inacreditável, apenas para chamar a atenção das câmeras da TV. A televisão de hoje em dia é só fofocas, desgraças e invasão da privacidade alheia.
Não se pode querer depois, a televisão “x” ou a televisão “y”, vir na imprensa para reclamar dos números da audiência. A televisão ficou um negócio sem graça e por deveras desinteressante, diante de tantas opções de diversões nos dias de hoje.
A opção que as redes de televisão fizeram por um entretenimento pobre, acabou por mudar completamente a relação televisão e telespectador. Uns, nem a vêem mais e nutrem profunda ojeriza por ela, outros, fazem o possível e impossível para aparecer em suas telas.
Agora o que interessa para as redes de TV, é bisbilhotar a vida alheia. E na esteira de mais um BBB, vem aí uma novela que vai “brincar” de invadir a privacidade alheia e uma série que vai se ocupar de mostrar a vida dos “paparazzis”. É o fim! Aliás, torço para que seja.
Tomara essa onda chegue logo ao fim e as redes de televisões coloquem a disposição do telespectador, algo que realmente valha à pena, algo que não seja alimentar monstros sedentos por aparecer e se mostrar em suas telas. Pois, não há nada mais sem graça e constrangedor, do que bisbilhotar a vida dos outros.
Tatiana Belinky, Ricardo Gouveia, Gabriela Rabelo, Vladimir Capella, Cláudia Dalla Verde, Zeca Capellini, Ronaldo Ciambroni, Oscar von Pfhull. Silvia Ortoff, Ilo Krugli, Walmir Ayala, Olga Reverbel, Maria Clara Machado, sem sombra de dúvida, são grandes dramaturgos que dedicaram grande parte de suas vidas e obras ao público infanto-juvenil. Muitos já morreram, outros pararam de escrever e foram trilhar outros caminhos e meia dúzia deles ainda continuam escrevendo, de forma bissexta talvez, mas produzindo.
Desnecessário seria enfatizar que os textos geniais foram escritos até a década de 80 ou 90 talvez. Depois desse período houve - e ainda há - uma grande escassez de dramaturgos para essa faixa etária.
Podemos perceber pelos guias de teatro da cidade de São Paulo, além a escassez de textos, a escassez de espetáculos. E esses espetáculos – salvos raríssimas, raríssimas mesmo – exceções, não tem nada a dizer. É um amontoado de bobagens e só “ganham” o público infanto-juvenil pelos estonteantes cenários, figurinos, efeitos e uma belíssima iluminação, mas que não significam coisa alguma.
Sei muito bem da dificuldade de montar um espetáculo infanto-juvenil. Em vários teatros as montagens só podem ser apresentadas no proscênio para não desmontar o cenário do espetáculo adulto que se apresenta logo em seguida. Houve um tempo em que se anunciava: “Venham ver o espetáculo tal (infanto-juvenil) que será apresentado no cenário do espetáculo tal (adulto)”. É um absurdo e tanto, mas se não há remédio, o jeito é fazer dessa forma.
Os espetáculos infanto-juvenis da atualidade são impecáveis nos quesitos: figurinos, iluminação, cenários, sonoplastia, maquiagem, grandes efeitos cênicos, etc. Mas o texto, infelizmente, desapareceu. Stanislavski já dizia que “o texto é para o teatro o que o caroço é para o fruto”. Agora quando há o texto, infelizmente ele cai naquele didatismo tosco, naquelas moralidades repugnantes do politicamente correto e aquele dedinho em riste de algum adulto dizendo o que ele deve ou não deve fazer... Um horror!
Tatiana Belinky disse uma vez que o “politicamente correto” é uma grande bobagem. A criança/adolescente tem que passar por experiências transformadoras: rir, chorar, ter medo, claro que tudo na medida certa. Trata-se do teatro educativo-formativo. E é nesse teatro que eu acredito.
Por que os bons dramaturgos da atualidade que escrevem para o teatro adulto, não produzem pelo menos um ou dois textos por ano para o teatro infanto-juvenil? Claro que o empenho ao escrever esses textos tem que ser o mesmo empenho que emprega num texto adulto.
E por favor, dramaturgos que queiram se aventurar nessa empreitada, não subestimem a inteligência das crianças. Elas não são bobas. Ainda mais as de agora.
Infelizmente essa geração está perdendo uma etapa muito importante da infância. Estou cansado de ver crianças com roupinhas curtas, com o rostinho carregado de maquiagem e dançando funk no recreio da escola. É isso mesmo. Já presenciei essa cena em várias escolas que lecionei. Pra que essa erotização e banalização? Por que não brincar de amarelinha, pula-sela, esconde-esconde, pular corda e outros jogos típicos da idade? Por que não dar a oportunidade da criança ser e agir como criança?
Vladimir Capella escreveu e dirigiu espetáculos antológicos como “Panos e Lendas” e “Avoar”, compostos por jogos. Peguei carona na ideia e escrevi “Vamos Brincar de Roda?” nos mesmos moldes. E são espetáculos deliciosos para os atores e para o público, pois não estão restritos apenas a uma faixa etária. Trata-se do “teatro para todas as idades”, do bebê ao vovô. O ideal seria investir pesado nesse tipo de teatro.
Os contos de fadas perderam seu encanto? As histórias de fadas, bruxas, duendes, as peripécias de Pedro Malazartes, os contos de Grimm, as fábulas de Esopo estão ultrapassadas? Monteiro Lobato está “batido”?
São perguntas que nós, pais e educadores devemos nos fazer. Vamos retomar essas histórias. A TV, a Internet e outros meios de comunicação não mostrarão isso para as crianças. Então, cabe a nós fazer isso.
E retomo aqui uma frase de Stanislavski: “O Teatro para a criança deve ser igual ao do adulto, só que melhor.”. Fica o desafio para dramaturgos, pais e educadores. Se quisermos um mundo melhor, é preciso formar seres humanos melhores e mais dignos. E como diz o velho ditado: “é de pequeno que se torce o pepino”.
A Ópera Garnier, ou Palais Garnier, é uma casa de ópera projetada pelo Arquiteto Charles Garnier (1825-1898), que venceu o concurso público em 1861 realizado para escolher que seria o arquiteto. A construção, liderada pelo Barão Georges-Eugène Haussmann, começou em 1861, e enfrentou vários contratempos e paralizações devido à muitos incidentes, como a Guerra Franco-Prussiana e a Comuna de Paris.
Outro problema também enfrentando pelos construtores foi o terreno: extremamante pantanoso. E devido à essa enorme presença de água no subterrâneo, foram obrigados a construir no subsolo um enorme reservatório de água, com muitas galerias subterrâneas.
Após mais de dez anos de obras, o Palácio Garnier foi finalmente inaugurado em 15 de janeiro de 1875, em cuja ocasião foi apresentada a ópera A Judia de Fromental Halévy, bem como alguns trechos de Os Huguenotes.
O enorme edifício possui uma área total de 11.000m2 e o gigantesco palco consegue acomodar mais de 450 artistas ao mesmo tempo. Nos detalhes arquitetônicos, pode-se apreciar muitas estatuas e luxuosos ornamentos (dentro e fora).
O Palais Garnier e o Fantasma da Ópera
Então quer dizer a história do Fantasma da Ópera é real? Em partes. Primeiro é preciso entender o que é O Fantasma da Ópera, pois muitas pessoas hoje em dia associam a obra à Andrew Lloyd Webber, que o produziu na Broadway e definitivamente imortalizou a obra.
Mas a história original (não muito diferente do musical) é de autoria do francês Gaston Leroux. Que escreveu o romance gótico de mesmo título (Le Fantôme de l'Opéra). O cenário dessa obra (assim como o músical de Webber) nada mais é do que o próprio Palais Garnier (Ópera de Paris).
É agora que começa a confusão: Baseado em fatos reais ou pura ficção que se passa num "lugar real"? Dizem que toda mentira tem um fundo de verdade, e a obra de Leroux não é exceção. O autor resolveu escrever o obra após visitara Ópera e conhecer partes do famoso lago subterrâneo (aquele construído como reservatório para regular o terreno). Ele também se perdeu pelas inúmeras portas, e corredores. Mas o fato que mais o inspirou foi o incidente com o gigantesco lustre do teatro (quem conhece a obra sabe que esse incidente é praticamente um símbolo). Pois bem, esse incidente realmente aconteceu, o lustre despencou do teto. Histórias de assombraçoes começaram a correr pelos corredores do teatro através dos funcionários. Estava aí a inspiração para Leroux produzir a genial e comovente obra eterna.
Broadway significa em inglês "Avenida Larga", e em Nova Yorque existem várias "Broadways", mas uma delas se tornou referência e até nome próprio: Trata-se da Manhattan Street, onde hoje se concentram 39 grandes teatros profissionais que mantêm peças em cartaz por anos.
Ao dizer hoje "Teatro Broadway", estamos falando, na verdade, de todos esses teatros profissionais e peças ali apresentadas. Muitos o consideram uma forma teatral. O fato é que o "Teatro Broadway" é o mais lucrativo e talvez famoso centro teatral do mundo. Representa o mais alto nível profissional e comercial do teatro.
O porquê chamamos esse aglomerado de teatros como se fosse uma coisa só, entenderemos mais adiante.
A história da Broadway remonta a própria história do teatro nos EUA. Mas sua fama e popularidade começa no séc. IXX, com a concentração de teatros em Manhattan e também devido a acessibilidade que a classe média obteve às apresentações. Era um sucesso. Mas o cinema mudo, que ainda não representava uma concorrência forte, evoluiu e adquiriu som sincronizado, o que o popularizou e começou a esvaziar as salas da Broadway, que sofreram mais ainda com a Grande Depressão que derrubou a economia americana.
Em 1943 a história começa a mudar com a estréia de "Oklahoma", que atraiu o público de volta aos teatros, batendo um recorde de mais de duas mil apresentações. Mais espetáculos surgiram, batendo recorde sobre recorde de tempo em cartaz e, rapidamente, a Broadway se tornava o mais alto nível teatral do mundo. Em 1947 é criado o Tony Awards, uma espécie de "Oscar do teatro" que visava, principalmente, premiar os melhores da Broadway.
Hoje a Broadway definitivamente se consolidou no topo de linha teatral. Suas peças e musicais são famosos no mundo inteiro e, em muitas montagens, os teatros são obrigados a fazer mais de uma apresentação diária quase todos os dias da semana.
A maioria dos donos de teatros e produtores da Broadway são membros da The Broadway League (A Liga Broadway), que administra e negocia externamente todos os teatros como um todo, fazendo com que tudo se torne uma coisa só: O Teatro Broadway, o que podemos imaginar como se fosse um cinema com várias salas.
Veja os teatros presentes na Broadway e os espetáculos em cartaz:
O canadense Guy Laliberté, resolveu, certo dia, investir mais sua vida para a arte. Rodou por alguns países sobrevivendo como artista e músico de rua, mas nada que o destacasse ou desse retorno. O fato é que, depois dessa "humilde turnê", ele retornou ao Canadá (por volta de 1979), onde, sem dinheiro ou sequer trabalho, viveu por um tempo do salário-desemprego.
As coisas começam a mudar quando, jutamente com alguns amigos - dentre eles, um chamado Daniel Gauthier - começou a organizar bazares e outros pequenos eventos artísticos, onde conseguiram agrupar alguns artistas talentosos. Foi aí que decidiram fazer uma turnê com suas apresentações. Mas logo isso se mostrou impossível por falta de dinheiro. Mas não desistiram. Convenceram o governo canadense a financiar o projeto, que chamaram de Les Échassiers de Baie-Saint-Pau. Contrataram vários outros artistas e finalmente realizaram sua turnê em 1980.
Apesar de ter sido bem recebida pelo público, a turnê não arrecadou dinheiro suficiente e o projeto foi à falência. Continuaram tentando com outros projetos e apresentações - até mesmo oficinas circenses. Conseguiram em 1983 mais um financiamento do governo de Quebec, que doou U$1.5 milhão para que o grupo organizasse uma produção para o ano seguinte, data em que Quebec comemoraria o aniversário de 450 anos. Foi então que surgiu o Le Grand Tour du Cirque du Soleil.
A partir daí, passando por problemas e dificuldades, o grupo, dirigido e comandado pelo próprio Guy Laliberté, seguiu uma carreira vertical de sucesso. O motivo dessas conquistas está na inovação presente em todos os projetos e turnês do grupo. Se tornou um circo novo, com tendências de várias épocas e partes do mundo, músicas próprias e executadas ao vivo durante as apresentaçõe, cenários criativos e artistas fantasticamente abilidosos e dedicados.
Guy Laliberté, aquele homem que vivia de salário-desemprego, está hoje na lista de bilionários do mundo. O nome Cirque du Soleil, foi classificado como o 22# nome de maior impacto no planeta.
O Cirque du Soleil conquistou vários prêmios e hoje conta com mais de 3.500 empregados em 40 países e apresentando aproximadamente 15 espetáculos consecutivos pelo globo.
Assista abaixo trechos do espetáculo Alegria: