A Campainha
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Last Updated on Friday, 06 September 2013 13:25
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Published on Tuesday, 27 May 2008 00:30
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Written by audrey
Beeeeemmm! Primeiro sinal.
Frio na barriga ouve-se o burburinho do público entrando, quem faz a primeira cena começa a se posicionar. Em fração de segundos é possível “passar” todas as falas da peça ou lembrar de que não foi ao banheiro e geralmente quando lembramos disto a vontade sempre vem. Dependendo do figurino e da distancia dá para resolver o assunto antes do segundo sinal, caso contrario é bom pôr em pratica todas as técnicas de Stanislavski de concentração e preparação de ator que a vontade passa, na maioria das vezes é nervosismo mesmo.
Beeeeeemmm! Segundo sinal.
O ápice da tensão. É nessa hora que sempre me questiono por que fui inventar isso? É tão mais fácil ficar na platéia. O que eu faço? Simulo um ataque? Um desmaio talvez? Não vale a pena, seguindo a máxima: O show deve continuar; com certeza seria substituída por alguém. Enquanto pensei nestas bobagens todas sai totalmente da personagem, para voltar inicio o mantra “calma, calma, se concentre, calma, calma, se concentra…”.
Beeeeeemmm! Terceiro sinal.
MERDA!
Não sei explicar como, mas entre o terceiro sinal e a cortina se abrir relaxo como se nada tivesse acontecido e tudo dá certo.
É esta adrenalina que me encanta no teatro, mais até que o aplauso. O aplauso é importante, gratificante, mas essa apreensão funciona como uma espécie de termômetro. A partir do momento que pisamos no palco na base do “piloto automático” significa que esta na hora de começar estudar novas peças, ensaiar uma nova montagem e se preparar para outra tensão.
Beeeeemmm! A campainha de uma estréia.
O Dia do Teatro
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Last Updated on Friday, 06 September 2013 17:56
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Published on Monday, 26 May 2008 20:21
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Written by Paulo Sacaldassy
Caros amigos, amantes do Teatro como eu, não sei se a data é para parabenizá-los ou estender a todos, minhas condolências, pois novamente chegamos a mais um DIA DO TEATRO. Será que há o que comemorar de fato?
Reflitamos pois, essa data que vem para dignificar essa nobre arte cultuada por alguns loucos visionários como nós.
Assim, à primeira vista, talvez fosse mais correto, estender minhas condolências, pois quantos e quantos de nós, amantes do Teatro, estão a míngua, correndo feito doidos com um pires na mão, implorando por qualquer apoio cultural? Quantos e quantos de nós estão sem espaços para ensaiar ou apresentar suas produções? Quantos e quantos de nós, sofrem com o desdém da grande mídia?
O Governo dá de ombros, dizendo que criou Leis de Incentivos, tudo bem, elas existem, mas, quantos verdadeiramente conseguem usufruir de fato dos benefícios da Lei?
E insistimos, por quê? Porque nós, amantes do Teatro, ainda enxergamos uma luz no fim do túnel e aguardamos pacientemente o dia em que o DIA DO TEATRO terá motivos para ser comemorado de fato. Um dia onde a classe teatral possa comemorar as alegrias de ver suas produções encenadas, encantando platéias por esse mundo a fora.
Mas, voltemos a nossa realidade nua e crua. O que fazer nesse dia? Pois bem, convido todos à esquecerem as agruras e dificuldades presentes em nossa arte e enchamos as ruas e praças com nossas encenações, pois como diz o poeta: O ARTISTA TEM DE IR AONDE O POVO ESTÁ!
E você, meu amigo, que está lendo esse artigo mas não tem o teatro no sangue e na alma, vá assistir um espetáculo, prestigie, aplauda, compareça… E vocês, amantes do teatro, espero que comemorem essa data, sobre um grande palco iluminado.
E viva sim, O DIA DO TEATRO.