Um ano novo com muita arte
- Details
-
Last Updated on Friday, 06 September 2013 17:56
-
Published on Monday, 26 May 2008 17:21
-
Written by Paulo Sacaldassy
O tempo agora é de festa, de confraternização, muitos fazem deste, um tempo ideal para rever idéias, repensar a sua arte, avaliar novos projetos, e contabilizar o quanto o ano lhe foi produtivo. Posso garantir que o meu foi. E devo parte disso, a vários de vocês, que sempre prestigiaram meus artigos.
Muitos assuntos foram abordados por mim, e o retorno foi surpreendente, podem apostar! Cada comentário postado por cada um de vocês, me fez buscar a cada dia, uma abordagem diferente, mesmo que ás vezes, os assuntos acabassem sendo recorrentes, o que me obrigava uma atenção ainda maior, para não acabar sendo repetitivo. Espero que não tenha sido.
Falei de ansiedade, teatro infantil, de busca pela fama, dos multiplicadores de arte, de talento, da discriminação dos artistas, sempre pensando e procurando contribuir para o engrandecimento da arte, que acaba sendo valorizado no Brasil, só quando vai parar na televisão.
Foi um ano em que espero que muitos tenham conseguido alcançar seus objetivos e realizado os projetos que idealizaram. Um ano, que espero tenha sido de muito aprendizado e muito esforço, na busca de mostrar e levar a sua arte até o seu público, e acima de tudo, um ano que espero tenha sido de muitos aplausos.
Mesmo que outros tantos não tenham tido o ano que esperavam, agora é tempo de recomeçar, renovar e acreditar que se é capaz. É tempo de fazer da sua arte, o combustível para um ano novo que chega, e que pode modificar a sua vida, pois se a arte imita a vida, outras tantas, a vida imita a arte, e quem sabe, você não acaba sendo surpreendido por alguém que reconheça enfim, seu talento. Por quê não?
Por hora, vou deixar um pouco os artigos de lado, pois como agora é tempo de repensar, preciso reavaliar meus conceitos, procurar outros ensinamentos, e buscar novos conhecimentos, procurando sempre, melhorar a cada dia. Também espero, que cada um de vocês, aproveite esse recesso, e descubra algo novo que possa contribuir para o bem de sua arte.
E que todos tenham um ano novo com muita arte, e que possamos nos encontrar novamente no início do próximo ano, para trocarmos novas experiências, em busca de uma arte ainda melhor.
Um Feliz Natal e um ano novo muito especial a cada um de vocês, que de alguma forma, participaram deste meu ano, e contribuiram para que ele fosse produtivo e muito enriquecedor.
Abraços e beijos, até Janeiro, e muita MERDA à todos vocês!
A indústria do futuro
- Details
-
Last Updated on Friday, 06 September 2013 17:56
-
Published on Monday, 26 May 2008 17:18
-
Written by Paulo Sacaldassy
Talvez alguns quando lerem esse artigo não concordarão comigo, outros até me chamarão de “sem juízo”, ou sei lá o quê, mas tenho aqui comigo, a impressão de que a cultura será a grande indústria, e a maior geradora de empregos do país, pois é evidente o crescimento da indústria do entretenimento, e a cultura é sem dúvidas, a principal vertente deste segmento.
Pode não parecer, ou ás vezes até passar despercebido por muitos, mas a realização de uma obra cultural envolve um número enorme de pessoas, e quando isso passar a ser enxergado de uma forma mais profissional, todos sairão ganhando, e a cultura alcançará, com certeza, o status de uma grande indústria.
Vejam só o exemplo de uma simples peça teatral: Quantas pessoas são envolvidas para a realização do espetáculo? Autor, diretor, ator, atriz, iluminador, cenógrafo, músico, figurinista, produtor, divulgador, isso falando apenas da principal cadeia produtiva. Imaginem isso numa grande escala e feito de uma forma mais profissional?
A cultura do país ainda é tratada com casca e tudo, e os poucos incentivos que são dados, servem apenas para mascarar a situação de como a cultura é tratada no país, e tem o simples propósito de cumprir um dever que todo o governo tem, que é o de fomentar a cultura de seu povo.
Mas, muito mais que fomentar a cultura com algumas migalhas, o governo deveria enxergar a cultura como uma indústria, tal qual ela é. E é lógico que a culpa não é só do governo, todos nós que estamos de uma forma ou de outra ligados a cultura, precisamos também, pensá-la como indústria, e aprender a gerir esse negócio.
Todos os segmentos da economia têm dificuldades, não é diferente com a cultura, e não cabe aqui, ficar só atirando pedras no governo, seja ele qual for. É hora de olhar para o segmento da cultura, com olhos de empresários, e acabar com aquela máxima de que o artista é um sonhador, e tem que viver à margem da sociedade por não ter recursos.
A cultura tem a força, e é um segmento que pode e tem todas as condições de se transformar, como já disse antes, no maior pólo gerador de emprego, e já que o governo ainda não se apercebeu disso, o próprio segmento pode mostrar a sua força econômica e construir um novo modelo de cultura.
É claro que não é fácil, e é preciso um mínimo de infra-estrutura para formatar um modelo rentável de negócio, mas se pensarmos nossos projetos muito mais além de que uma obra cultural, e dermos a eles um tratamento comercial, podemos dar início a um processo de mudança no conceito de encarar a cultura.
Com o advento da internet, e de toda a tecnologia que nos cerca, não cabe mais, pelo menos no meu ponto de vista, a velha visão amadora e o mesmo pensamento pequeno de que a cultura não sobrevive sem apoio. Hoje, muitos que fazem cultura, já dão os seus primeiros passos em busca da profissionalização de sua arte, indo ao encontro de soluções que possam viabilizar os seus projetos, e acho que esses, estão a um passo a frente.
Então, antes de simplesmente renegarem o meu artigo, ou sei lá o quê, pensem seriamente no assunto, pois a cultura não tem que permanecer como refém de uma política de migalhas, é preciso ir contra a corrente, e mostrar a real força da cultura, que pode vir a ser, e tenho certeza que será, a maior geradora de empregos do país, porque acima de tudo, a cultura vende o melhor produto do mundo, o conforto para a alma!.