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É brincando que se aprende

Pode parecer que não, mas a maneira descompromissada com que o teatro é levado aos jovens em cursos livres de teatro em várias escolas, onde o clima de brincadeira de imitação é predominante, já que o intuito é passar cultura de uma forma lúdica, deixa marcas profundas em alguns jovens.

 

Nada pejorativo quando digo: “brincadeira de imitação”, apenas a constatação de que é brincando que se aprende tudo nesta vida. E a forma com que os jovens tomam contato com “fazer teatral” nestes cursos livres, faz com que o teatro faça parte na vida de cada um, ou pelo menos de alguns que se identificam com o “fazer teatral”.

 

A “peçinha” apresentada no final de ano na escola, mesmo tendo apenas um caráter festivo, com certeza, para alguns, é algo da maior importância, pois desperta neles, a vontade de continuar a trilhar os caminhos de um palco de teatro. A brincadeira ensinou para alguns, como o teatro é maravilhoso.

 

E já contaminados pelo bichinho do teatro, já não se satisfazem com os espetáculos de final de ano, querem festivais estudantis, mostras de cenas curtas, querem dividir o que aprenderam. E o que começou como brincadeira, já passou a ter um sentido na vida nestes jovens.

 

Pena que são poucas as escolas que oferecem aos seus alunos a oportunidade de experimentar as maravilhas do “fazer teatral”. Nem todos entendem o quanto é importante incluir cultura na formação dos jovens. A cultura, tal como o esporte, transforma a vida de um jovem.

 

Mas, como nem tudo na vida é perfeito, resta-nos lamentar com os que não tem essa visão e parabenizar todos àqueles que, ás vezes com muita dificuldade e enfrentando enormes obstáculos, procuram levar um pouco de teatro aos jovens por este país afora.

 

Pois, brincando é que se aprende e aprendendo que se é capaz de transformar o mundo. E assim, de maneira despretensiosa vai se brincando de ensinar teatro e trazendo cada vez mais jovens para engrandecer o movimento teatral.

A importância do texto infantil

Muito mais do que conter e contar fábulas, um texto infantil para teatro, tem uma função ainda pouco explorada, ou pelo menos, não se vê muita divulgação de sua utilização para esse fim: o de servir como um forte instrumento de apoio pedagógico, auxiliando na educação da criança.

 

Enfatizar apenas o lado lúdico que o teatro, com toda sua magia, é capaz de passar, é muito pouco para um texto infantil de teatro. Ele pode ser muito melhor explorado, do que ser apenas uma parte de um espetáculo infantil oferecido à criança como passeios em datas festivas.

 

Utilizar o texto infantil de teatro na sala de aula, servindo-se de suas histórias para trabalhar de maneira mais lúdica, assuntos por vezes difíceis de lidar, até mesmo pela complexidade do tema, a princípio pode parecer que não, mas é sim, um diferencial para a educação infantil.

 

A pedagogia precisa se ater a esse detalhe, pois o teatro como arte pura e o seu texto infantil utilizados como instrumentos multiplicadores de idéias e, acima de tudo, como facilitadores para trabalhar ações e sentimentos, só tem a acrescentar na melhoria da educação, seja ela de forma informal, ou de forma didática.

 

Mais e mais fica claro, que não bastam apenas os métodos ortodoxos de educação para ensinar a criança dos dias de hoje, e cada vez mais é preciso se buscar um diferencial para estimular a criança á aprender. E a utilização do texto infantil de um espetáculo teatral caminha neste sentido.

 

É claro que não é sempre que se pode se utilizar de textos infantis, mesmo porque, ainda são raros, ou de pouco conhecimento, textos que possam servir de fato, como apoio pedagógico. E também, não se deve incorrer no mesmo erro de outrora, forçando a criança a ler vários textos infantis, assim como se fez, e se faz com a literatura, pois assim, corre-se o risco de se obter o efeito contrário.

 

O texto infantil se faz importante quando ele é usado na medida certa entre o que é lúdico e o que é didático, servindo de estimulo, instigando a investigação, apoiando a pedagogia no dia-a-dia e trazendo para sala de aula, a magia existente no teatro de uma forma natural, para que todos possam usufruir de cada pedacinho da história.

Musical infantil

Mês das Crianças com muita diversão e Magia

A Vanart Produções Artísticas, obtém um publico cativo que acompanha os espetáculos por onde passa, realiza uma programação especial para NIteroi no mês das crianças... Em outubro, leva ao palco do Teatro Unimed (niteroi) o clássico de todos os tempos: ‘O Mágico de Oz', que foi sucesso de publico na Barra da Tijuca, onde encerrou recentemente a temporada. O musical mexe muito com o imaginário e a fantasia das crianças. O público se apaixona pelos personagens que cantando e dançando durante as cenas conduzem toda história. Todas as músicas foram tiradas do clássico da Broadway com novos arranjos e gravações.

A autora e diretora Cristiane Sanctos que é considerada uma referência no teatro infantil no Rio de janeiro viajou para Luanda/Angola, onde dirigiu o musical infantil para o Dia internacional da Criança ‘O Maravilhoso Mundo Mágico da Tatata’. Seus espetáculos surpreendem e conquistam todo o público! “Viajar para Angola só me fez reforçar a importância que temos que dar à criança! Ela é o nosso futuro, o nosso amanhã. Se quisermos um mundo melhor temos que oferecer aos pequenos hoje uma base, oferecer cultura!”

Além de dirigir o musical “O Mágico de Oz” fez a adaptação do texto de Lyman Frank Baum considerado pela crítica americana "o melhor de todos os tempos".

Palavra da diretora: "Transportamos para o palco toda a magia cinematográfica que o clássico pede, mas com inovações: Linguagens, cenário, coreografias e iluminações grandiosas que o nosso público atual vai se surpreender. Descobrimos que poderíamos misturar linguagens, já que em sonho tudo é possível", conta a também integrante do grupo.

 A nossa marca registrada é a integração do elenco com a produção o que proporciona grandes resultados cênicos. Temos um elenco talentoso e somos muito generosos um com outro. Esse clima de "brincadeira" no palco contagia a platéia.

A peça conta a história da menina Doroty que foi levada a Terra de Oz por um tornado. Para voltar para casa, a menina, com auxílio de um espantalho, homem de lata e um leão, precisa encontrar o poderoso Mágico de Oz, único capaz de mandá-la de volta para o lugar de origem.

De acordo com a diretora do espetáculo Cristiane Sanctos, esta é a primeira montagem do grupo em que a ousadia foi o ponto-chave da área técnica. Com grandes coreografias e um cenário que surge no palco, a peça surpreende o público com um castelo de esmeraldas assinado pelo cenógrafo Cachallote Matos.

A direção de movimento e coreografias ficam a cargo dos coreógrafos Fabrício Ligiero e Márcio Vasconcelos que trabalharam o condicionamento físico dos atores com horas dedicadas a expressão corporal. Paulo Kandura vencedor de diversos festivais do Rio assina os figurinos que segundo ele foram baseados no filme que encantou o mundo na década de 50. "- Com isso podemos levar aos palcos a qualidade e os efeitos visuais que o figurino pode causar na platéia - diz Kandura".

"É a primeira vez que levamos o espetáculo para Niterói, o público ficará surpreso com a grandiosidade do musical... É uma produção feita para os "pequenos até os vovôs e vovós", conta a diretora.

Serviço:

"O Mágico de Oz" - Adaptação e Direção: Cristiane Sanctos

Com o Grupo Teatral Brincando de Fazer Arte.

Sucesso nos palcos onde passa.Sonho, fantasia, músicas e danças irão surpreender, podendo fazer a platéia rir e se emocionar com a magia deste clássico.

Espaço Cultural AMF/Unimed - Av. Roberto Silveira, 123, Icaraí, Niterói. (21) 2710-1348. Sáb e Dom às 17h. R$ 26,00. 60 min. Classificação Etária: Livre. Bilheteria abre às 15h. De 03/10 a 15/11.

 

Por quê ser ator?

Com o forte investimento que vem sendo feito em dramaturgia pelas grandes redes de televisão, mais e mais pessoas tem procurado cursos de teatro com o intuito de conseguir uma formação mínima que lhes dê condições para disputar uma vaga no concorrido mundo dos atores de televisão. Muitos fazem isso, impulsionados pelo anseio de se tornarem uma celebridade.

 

Muitos até decidem serem atores por modismo, para fazerem sucesso com as meninas, para passarem imagem de culto e intelectual, para fazerem parte de uma turma legal e acham que a qualquer momento vão ser guindados a um papel de uma telenovela. Não que isso não possa acontecer.

 

Só que muitos não tem uma resposta clara sobre o porquê querem ser atores. Minto, a maioria sabe sim. Quer ser ator para fazer a novela das nove. A idéia de fama e sucesso contamina de tal forma, que uma cortina de fumaça encobre o rosto e distorce o verdadeiro sentido do que venha a ser um ator e o porquê se tornar um.

 

É claro que todo mundo tem o direito de fazer da sua vida o que bem entender, mas ao resolver se tornar um ator, esta pessoa precisa ter a consciência e a certeza da sua escolha, pois qualquer celebridade instantânea ou não, pode participar de uma telenovela, mas raramente será um ator.

 

Quando se resolve se tornar um ator, é preciso entender o porquê desta deci-são e ela deve estar pautada, além de uma certeza de vocação, na consciência do papel que o ator tem, de ser um veículo e um instrumento que conta a evolução de uma sociedade, pois é através da interpretação de um ator que a sociedade é vista, revista e reinventada.

 

Ser ator não é apenas subir no palco, conhecer as teorias de Stanislavski, é preciso ser um investigador da alma humana, dos conflitos sociais, do mundo que nos cerca. É ser um observador do comportamento humano, dos anseios e vontades dos homens do nosso tempo, saber que servirá de filtro para que uma sociedade se reconheça. E, acima de tudo, contribuir para a constante evolução em que vive o ser humano.

 

Você pode ainda decidir ser ator para crescer como pessoa, entender os seus limites, compreender até que ponto suas ações como cidadão comum, podem interferir num contexto global na sociedade em que você vive. E fazer isso tudo centrifugar dentro de você e devolver tudo em forma de interpretação.

 

Então, quando você decidir se tornar um ator tem que saber o porquê, pois só assim fará sentido todo o sacrifício que a arte vai lhe impor.

Uma arte para poucos

Mesmo que muitas pessoas ainda insistam em divulgar o teatro como uma arte popular, parece que cada vez fica mais difícil popularizá-lo. Se o espetáculo não tiver um apelo popular, como por exemplo: se tratar de uma comédia rasgado com a participação de um artista da mídia televisiva, a frequência do público fica restrita a pessoas que militam no meio.

 

É raro se encontrar uma situação onde o público vai ao encontro do teatro. Ainda mais quando se tem a plena consciência de que a grande mídia não tem lá tanto interesse em divulgá-lo. Quanto mais o tempo passa, mais fica claro que o teatro é uma arte para poucos.

 

Sem levar em conta a questão dos altos preços cobrados no teatro e tratando única e exclusivamente da questão da arte, por mais lúdica que a magia do teatro possa ser, ela não consegue seduzir o espectador comum, a ponto desde se deslocar de sua casa para ir assistir a um espetáculo, quando este é apresentado por artistas locais ou sem tanto popularidade.

 

Creio que esta é uma situação consolidada. Teatro, por mais interesse que cause, jamais será uma arte plenamente popular. Mesmo que os jovens nunca se cansem de procurá-lo. E não existem culpados para isso. É apenas uma questão de característica da arte de representar sobre um palco.

 

Talvez, a postura meio erudita que a imagem do teatro transparece, contribua para afastar e alongar a distância entre o palco e o público, ou talvez não. Mas, a certeza que tenho, é que quanto mais pessoas se aproximam do teatro, mais ele vai se tornando uma arte para poucos. Mesmo que estes poucos pareçam muitos.

 

A arte efêmera do teatro escapa da percepção do cidadão comum, e são poucos aqueles que não fazendo parte da cadeia produtiva da arte de representar que entendem e se deixam seduzir pela magia do teatro.

 

E por mais que este quadro não mude, o teatro é e sempre será imortal, pois representar faz parte da natureza humana. Isso tudo nos dá a certeza, que sempre encontraremos alguns poucos interessados, tanto em fazer, como assistir uma peça teatral.

Uma homenagem aos 80 anos do humurista Chico Anísio

Uma homenagem aos 80 anos do humorista Chico Anísio

Desde 1999, realiza-se no Teatro do C.E. Alfredo Backer (Imbariê - D. de Caxias), a Oficina de Artes que geralmente acontece na segunda semana do mês de Julho.  Nesta ocasião os professores se mobilizam com suas respectivas turmas para realizar alguma atividade cultural ligada  às artes de modo geral (teatro, dança, música, pintura, escultura, artes plásticas, etc).
O Colégio em peso paralisam as aulas para trabalhar suas atividades com as turmas, desta forma, os mestres revertem em pontuação para as avaliações dos alunos que se integram às atividades.
Neste ano, o tema escolhido pela Comissão Organizadora da Oficina é  uma homenagem aos 80 anos do humorista Chico Anísio que tanto faz pela arte brasileira, merecendo esta homenagem já que tanto alegrou os corações tristes com suas piadas e "persona" como por exemplo a Escolinha do Professor Raimundo que marcam o talento do escritor cearense.
A  XIª Oficina de Artes deste ano atrasou devido a gripe "suína", contudo acontecerá em breve.  Como se diz no provérbio popular  "depois da tempestade vem a bonança".
Seria então conveniente que os meios de comunicação de massa desse a devida atenção a esse evento que desperta o interesse dos estudantes, estimulando-os às artes em geral e ao mesmo tempo na sua pedagogia cultural ensina às origens desse universo artístico.
Agradecemos aos leitores da Oficina de Teatro.
WOGRAN DIAS

( Professor de Filosofia, Sociologia, História, geografia, Ensino Religioso e  Teatro )